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Trilhos

Vereda da Corujeira e Vereda Macedo de Andrade

Vereda da Corujeira e Vereda Macedo de Andrade

<p>Circulando aquela que foi outrora a Quinta da Estrela, residência de veraneio dos Barões da Conceição, hoje Quinta Splendida, este percurso bucólico parece acompanhar os limites de um primitivo núcleo há muito desaparecido. A densidade de vestígios de edificações sublinha a nobreza deste espaço contíguo ao centro religioso do Caniço, disposto em terreno amplo, plano e desafogado. Ainda que muito próximo das principais artérias urbanas, a serenidade impõe-se entre os vetustos muros de pedra do Caminho da Corujeira que, unido às duas pequenas veredas, completa a trindade que forma o corpo ramificado deste antigo acesso ao mar. A chegada à titubeante escarpa da Vereda Macedo de Andrade, a sul, faz-se na largueza singular de uma deslumbrante vista sobre o Atlântico.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.651178,+-16.839137?entry=tts</p>
Vereda da Levada da Azenha

Vereda da Levada da Azenha

<p>Quase no coração da cidade, percorrendo as encostas sobranceiras à Ribeira do Caniço, esta vereda custodia os resquícios de uma ruralidade ancestral. As ruínas do Moinho da Vitória são testemunha eloquente de uma história remota, na senda do ímpeto empreendedor do infante D. Henrique que, segundo a tradição, havia ordenado o estabelecimento das primeiras azenhas no Caniço. A trilha transporta-nos a uma época de protagonistas anónimos e de lutas que se estendiam por vidas inteiras. Os lavadouros de pedra, dispersos pela levada, são marcos de tempos árduos em que as tarefas domésticas se alargavam ao espaço público como ritual comunitário. Ao longo do carreiro, os campos cultivados sublinham o papel que a agricultura continua a ter na dinâmica económica local.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.653984,+-16.842975?entry=tts</p>
Vereda da Levada dos Moinhos

Vereda da Levada dos Moinhos

<p>A pequena vereda curva-se escondida além da vegetação, guiando os nossos passos em direção à Levada do Castelo. Muito perto do início da trilha os olhos são saudados pela visão de um velho moinho abandonado. As paredes brancas rebocadas encerram a memória dos dias de intensa atividade que outrora animavam este local. Sobre o volume do edifício ergue-se a versão novecentista do que teria sido um primordial aqueduto em madeira ou pedra: uma reformulação que sinaliza o uso dilatado por várias gerações. Um pouco mais abaixo, junto à via de acesso principal à vereda, a Estrada dos Moinhos, outro aqueduto e edifício recuperado em pedra sublinham o porquê do topónimo que haveria de perdurar neste pitoresco sítio do Caniço.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.663768,+-16.825943?entry=tts</p>
Vereda da Levada dos Zimbreiros

Vereda da Levada dos Zimbreiros

<p>De peculiar disposição cruciforme, esta vereda, no limiar entre a geografia urbanizada e o espaço campestre, concretiza uma fluida transição entre duas realidades distintas. Aqui, onde os edifícios residenciais cedem espaço às subsistentes paisagens rurais, é possível observar uma harmoniosa fusão de elementos representativos de ambos os ambientes. É neste cruzamento que se revela a verdadeira identidade do Caniço – um despique entre duas almas indissociáveis, dois pulmões para um único fôlego que se propaga em referências antagónicas, mais inexplicavelmente complementares. É assim que, entre a saturação fecunda dos terrenos, teimosas chaminés de pedra alteiam a sua geometria novecentista em diálogo contrastante com os volumes contemporâneos e depurados de novas construções.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.653794,+-16.828773?entry=tts</p>
Vereda da Longueira

Vereda da Longueira

<p>Avançando ao longo da ilha da escarpa, este caminho panorâmico oferece um passeio tranquilo e contemplativo, permitindo um mergulho sensorial na exuberância da paisagem costeira. Aqui e ali, encontram-se pequenos miradouros que convidam a momentos de pausa para admirar a vastidão do oceano e a imponência dos rochedos sob os traços curvos e movimentados das novas infraestruturas. Os socalcos, estendidos em escadaria desalinhada na encosta, afirmam convictamente o caráter resiliente de uma agricultura que persevera e floresce a par da modernidade. Omnipresentes estão os ecos de outras épocas, visíveis nas silhuetas dos remates de telhado, em materializações tão ricas e variadas quanto as matizes do vale e as formas que trouxe o século XXI.</p>
Vereda da Paragem

Vereda da Paragem

Este é um trilho que evoca uma comunidade dispersa do mar à serra, sujeita às distâncias que a orografia amplificava. Para aqueles que viviam nas zonas altas as veredas ganhavam a importância de imprescindíveis atalhos pedestres, linhas descendentes que serviam de elo de continuidade territorial entre núcleos populacionais apartados. Ligando a Abegoaria à Cancela, este trilho preserva uma ruralidade dilatada nos apontamentos verdejantes que se entranham nas superfícies de velhas construções. Nos muros de pedra os líquenes proliferam, acrescentando à familiaridade intrínseca de cada recanto e convidando os visitantes a mergulharem na serenidade que faz do nome desta vereda um imperativo. É um caminho que se cumpre no vagar de uma inexplicável sensação de pertencimento. Localização: https://www.google.com/maps/search/32.651398,+-16.855980?entry=tts
Vereda do Caminho Velho da Tendeira

Vereda do Caminho Velho da Tendeira

<p>A modesta extensão deste trilho é uma particularidade que não lhe diminui o lugar ocupado no amplo mosaico de veredas do Caniço. Cabe-lhe, aqui, representar os trajetos que foram sendo recortados pela divisão de ancestrais fazendas, contornando as fronteiras das propriedades numa espécie de terra de ninguém para utilização pública. A sua disposição, ao longo de um plano inclinado de montante para jusante, indica um nascimento utilitário como levada para o regadio dos campos cultivados, que, como era habitual, também assumia o papel de serventia para as deslocações entre sítios e parcelas. A história do Caniço também se escreve nas linhas dos seus caminhos, e são talvez estes os que mais fielmente esclarecem os propósitos dos pioneiros no seu povoamento e aproveitamento.</p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.658939,+-16.818110?entry=tts</p>
Vereda do Mestre Neves Inventor do Brinquinho

Vereda do Mestre Neves Inventor do Brinquinho

<p>De extensão ramificada na sua configuração atual, esta vereda discreta segue as linhas dos ancestrais carreiros de acesso aos terrenos costeiros. Mais que a relevância da simples ligação ao serviço de habitações, importa a sua expressão como símbolo da história dos caminhos que se foram desenhando na vontade de dar espaço às imprescindíveis passagens entre propriedades contíguas. Em verdade, muitas das veredas que hoje conhecemos surgem da informalidade das serventias ensaiadas no respeito pelos limites das parcelas existentes, apropriando-se da designação dos acidentes geográficos, dos proprietários e das figuras locais. Para além deste singelo horizonte em urbanização, a paisagem abre-se à beleza da costa canicense e ao traço ténue de atalhos de outrora que merecem exploração.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.656614,+-16.815458?entry=tts</p>
Vereda do Relógio de Água

Vereda do Relógio de Água

<p>Esta que é uma das mais pequenas veredas da cidade do Caniço congrega pérolas patrimoniais dignas de visita, a começar pelo elemento arquitetónico que lhe dá o nome: o Relógio de Água da Levada da Azenha. A pequena construção coberta por telha romana, recentemente recupera, ostenta os óculos em cantaria que outrora emolduravam as faces do relógio mecânico, cuja função reguladora assegurava a equitativa repartição da água de rega pelos heréus. Ao lado, um impressionante aqueduto de pedra precipita-se nas traseiras do edifício do antigo Moinho da Vargem, perpetuando a derivação da Levada da Azenha que dava força às mós. Na extremidade oposta da vereda, um conjunto original de três belas chaminés eleva a graciosa simplicidade de uma moradia à condição de referência cultural.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.652898,+-16.842513?entry=tts</p>
Vereda Manuel Gaulês

Vereda Manuel Gaulês

<p>Em declive suave, a vereda percorre a face da encosta entre os catos e as flores silvestres. Muros e poços de pedra intervalam os pomares e campos como padrões de uma fertilidade generosamente transformadas em cenário para deleite do caminhante. O retrato humano que aqui encontramos parece transcender os confins da cronologia, aproximando-se timidamente do presente com a inocência de um equívoco. É uma história intemporal, ilustradas em contornos de casas dispersas pelos socalcos cultivados, sentinelas solenes de uma ligação indissolúvel entre o núcleo familiar e a sua humilde porção de chão. Na pureza poética desse compromisso inabalável com o meio vislumbra-se a reverência ancestral pelo solo que nos sustenta.</p><p><br></p><p>Localização: https://www.google.com/maps/search/32.652409,+-16.827367?entry=tts<br></p>

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